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Trabalhadores da Sabesp rejeitam plano da Hapvida e decretam estado de greve

Por unanimidade, os trabalhadores da Sabesp rejeitaram a decisão da empresa de trocar o plano de saúde da Vivest pelo Hapvida. Esse foi o posicionamento da categoria em assembleia realizada pela Diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sintius), na noite da última quarta-feira, dia 8, na sede da instituição.
Os companheiros entraram em estado de greve e autorizaram o Sindicato a ingressar com uma ação judicial na tentativa de barrar essa mudança.
A revolta dos empregados da Sabesp na Baixada Santista e no Vale do Ribeira foi um dos pontos centrais da assembleia, que estava lotada. Durante as reuniões com a Sabesp, o Sindicato criticou o fato de que, inicialmente, a Baixada Santista nem sequer constava na apresentação da empresa. Após questionamentos, os representantes da companhia exibiram a lista de unidades da Hapvida disponíveis na região, considerada pelo Sintius insuficiente. O Vale do Ribeira, por sua vez, sequer foi mencionado.
Há também uma preocupação com pacientes diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um conhecido instituto da Baixada Santista, referência nesse tipo de atendimento, não está credenciado pelo Hapvida. A instituição já recusou a possibilidade de adesão, citando a baixa remuneração oferecida pela operadora como principal motivo, colocando em risco a continuidade dos tratamentos.
Outro fator de grande repúdio foi a discriminação entre os planos oferecidos a diferentes cargos, o que, segundo a categoria, cria desigualdade dentro da própria empresa: enquanto a maior parte dos trabalhadores será direcionada compulsoriamente ao plano básico, a diretoria da Sabesp terá acesso a uma modalidade com atendimento em hospitais de ponta, como o Sírio-Libanês, em São Paulo.
A Diretoria do Sintius reforçou que não aceitará retrocessos e que seguirá firme, junto com os demais sindicatos da categoria, para barrar judicialmente essa tentativa de impor um plano que ameaça a dignidade e o acesso à saúde dos sabespianos.
A luta está apenas começando. Com a instalação do estado de greve, a categoria já mostrou que está unida, indignada e pronta para lutar!