TRABALHADORES DA CPFL ENTRAM EM GREVE NA BAIXADA SANTISTA POR TEMPO INDETERMINADO
Os trabalhadores da CPFL Piratininga na Baixada Santista iniciaram hoje, dia 14, a partir da zero hora, uma greve, por tempo indeterminado, em razão do impasse nas negociações do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A decisão de cruzar os braços ocorreu na noite da última quarta-feira, dia 13, durante a assembleia realizada na sede do Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius).
As agências de atendimento ao público na região permanecem fechadas, mas o Sindicato mantém equipes de plantão para atender emergências na Baixada Santista. Afinal, o intuito do movimento paredista não é prejudicar a população. A empresa possui cerca de 300 trabalhadores nas unidades de Cubatão, Guarujá (Distrito de Vicente de Carvalho), Praia Grande, Santos e São Vicente.
Após cinco rodadas de negociação, o Sintius conseguiu alguns avanços no diálogo com a empresa e depois da paralisação de 24 horas realizada na região, no último dia 5. No entanto, uma questão fundamental está emperrando o encerramento das negociações: o fato de a empresa ignorar a data-base da categoria.
Conforme previsto em ACTs anteriores, a data-base dos trabalhadores da CPFL, ou seja, a data destinada à correção salarial e à discussão e à revisão das condições de trabalho fixadas em acordo, convenção ou dissídio coletivo, é em junho. Porém, a empresa quer reajustar os salários em 9,32% apenas a partir de julho.
Diante dessa situação, não restou outra alternativa ao Sintius e aos eletricitários do que recusar a proposta e deflagrar uma paralisação por tempo indeterminado. Uma nova assembleia para deliberar a continuidade da greve está agendada para hoje, às 16h30, na sede do Sindicato.