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REFORMA TRABALHISTA DE 2017 INTENSIFICA A PRECARIZAÇÃO E FAVORECE A INFORMALIDADE NO BRASIL

REFORMA TRABALHISTA DE 2017 INTENSIFICA A PRECARIZAÇÃO E FAVORECE A INFORMALIDADE NO BRASIL

 

Sete anos após sua implementação, a reforma trabalhista de 2017, que prometia modernizar o mercado de trabalho e criar seis milhões de vagas, trouxe um cenário bem diferente. Dados recentes mostram que a maioria dos postos gerados são precários, e o número de autônomos cresceu 17%, passando de 21,7 milhões para 25,4 milhões, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-IBRE). O pesquisador Rodolpho Tobler destaca que essa migração para o trabalho independente foi uma saída forçada pela necessidade, e não uma escolha consciente, com muitos trabalhadores preferindo ter assinado

Além disso, o enfraquecimento dos sindicatos, provocado pela reforma, desequilibrou as negociações entre patrões e empregados. Ao permitir que os funcionários negociem diretamente sem a presença sindical e limitando o acesso à justiça, a reforma contribuiu para a precarização das relações de trabalho. Contratos de tempo parcial e o aumento do trabalho refletem essa desorganização no

O enfraquecimento das entidades sindicais e a flexibilização dos direitos também incentivaram o aumento da informalidade. Com a flexibilização de normas como o “negociado sobre o legislado”, muitos trabalhadores se viram obrigados a aceitar condições desfavoráveis, ampliando a vulnerabilidade no mercado de trabalho

Embora o desemprego tenha caído de 12,8% em 2018 para 6,9% no segundo trimestre de 2024, isso se deve principalmente a políticas de estímulo ao consumo e investimentos públicos, e não à reforma trabalhista. Especialistas continuam a afirmar que o crescimento econômico público sustentável depende de investimentos e políticas, e não da retirada de direitos dos trabalhadores.