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O QUE ESPERAR DE GABRIEL GALÍPOLO À FRENTE DO BANCO CENTRAL?

O QUE ESPERAR DE GABRIEL GALÍPOLO À FRENTE DO BANCO CENTRAL?

 

Com 66 votos favoráveis e 5 contrários, o economista Gabriel Galípolo teve o nome referendado pelos senadores para presidir o Banco Central (BC). A decisão foi tomada pela Casa na última terça-feira, dia 8, após o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo ter sido aprovado, de forma unânime, pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Ele assumirá o comando do BC em janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro. Galípolo permanecerá no cargo até dezembro de 2028.

Durante a sabatina com os senadores, o economista destacou que recebeu de Lula total liberdade para exercer sua função. “Em cada encontro que tive com o presidente, fui garantido de que teria autonomia. Todas as ações e decisões devem ser guiadas pelo bem-estar dos brasileiros”, afirmou.

Ele enfatizou a “grande responsabilidade” do BC em controlar a inflação do país, ressaltando que a autoridade monetária deve ser “o primeiro dos pessimistas e o último dos otimistas”, justificando assim a abordagem conservadora da instituição. Galípolo não sinalizou mudanças na condução do BC durante sua possível gestão, enfatizando que cabe ao governo estabelecer a meta de inflação, enquanto à autarquia compete persegui-la.

O líder do Governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), acredita que a alta aceitação do economista se deve à sua escolha técnica e ao seu bom relacionamento dentro da instituição.

O senador Paulo Paim (PT-RS) expressou boas expectativas em relação à nova gestão, esperando que esteja mais alinhada com o projeto do governo.

Por sua vez, o senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que “Galípolo é um jovem economista competente, um sopro de renovação para o BC, que contribuirá para que o Brasil construa uma economia mais competitiva”.