Em reunião realizada nesta sexta-feira (10/10), o presidente do SINTIUS Tanivaldo Monteiro Dantas e o departamento jurídico do sindicato alinharam encaminhamentos com o jurídico da Associação dos Aposentados. A decisão é simples: diante da intransigência da Nova Sabesp (controlada pela Equatorial) em impor um plano de saúde infinitamente inferior ao que existia antes da privatização, sem oferecer alternativa real de contratação ou melhoria da rede, a categoria não aceita ficar vulnerável — e a paralisação já aprovada pode ser deflagrada a qualquer momento.
A privatização da Sabesp e a entrada da Equatorial no controle público da companhia estão documentadas e alteraram radicalmente a relação entre empresa e trabalhadores. Desde a mudança, sindicatos da região vêm registrando perda de direitos e redução de coberturas de planos de saúde — situações que agora atingem com força a Baixada Santista, o Litoral Sul e o Vale do Ribeira.
O que aconteceu
Em assembleia recente os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a troca do plano anterior por um plano com rede e cobertura piores — e decretaram estado de greve. O sindicato já foi autorizado a ajuizar medidas judiciais para tentar barrar a mudança.
Hoje (10/10) houve reunião entre SINTIUS, departamento jurídico e a Associação dos Aposentados para alinhar medidas jurídicas e estratégias de mobilização. Está também em curso o agendamento de encontros com as centrais sindicais da região para ampliar apoio e pressão.
A postura da empresa — que não abre caminho para que seja contratado um plano melhor nem para reforçar a rede do plano imposto — fez com que os representantes sindicais entendessem que não há alternativa além de pressionar com mobilizações e medidas judiciais e administrativas.