Trabalhadores Vivem em Alerta a cada novo turno, o medo cresce. Desde a retirada dos porteiros e vigilantes armados das Estações de Tratamento de Água e Esgoto (ETAs e ETEs), trabalhadores da Sabesp relatam viver sob tensão constante. Os relatos de invasões, arrombamentos e furtos se intensificaram — e o pior aconteceu novamente.
Na última segunda-feira, por volta das 21h, a EEAB Itapanhaú foi invadida. Cinco inversores foram levados. Na mesma noite, a ETA 3 teve o cabo da bomba A08 furtado. Em Bertioga, criminosos arrombaram painéis e levaram cabos e componentes elétricos.
🔌 Em Cubatão, a EEE Final Água Fria também foi alvo da criminalidade: os criminosos arrombaram os painéis da estação e levaram cabos e diversos componentes elétricos, comprometendo gravemente a operação da unidade.
🔧 Já no setor de manutenção da Baixada Santista, os bandidos invadiram o pátio e roubaram cabos de bombas de recalque que estavam armazenadas para uso. Um prejuízo direto à capacidade de resposta e à manutenção de equipamentos essenciais ao sistema de saneamento.
Não foi por falta de aviso. O sindicato SINTIUS já havia formalmente cobrado a Nova Sabesp/Equatorial e o Governo do Estado de São Paulo, alertando para o risco de desmonte da segurança patrimonial e humana nas unidades. Desde que a segurança física foi reduzida, trabalhadores passaram a exercer múltiplas funções, acumulando operações técnicas, abertura de portões e monitoramento de câmeras — em áreas com histórico de roubos anteriores.
📍 Em plena cobrança nacional da adaptação à NR-1 (Norma Regulamentadora de Saúde e Segurança no Trabalho), chama atenção o desrespeito à saúde mental e à integridade física dos trabalhadores, que hoje atuam sob medo constante, tensão psicológica e sensação de abandono.
Em ofício recente, a empresa afirmou ter implantado 21 novos postos na Baixada Santista e adotado tecnologia de monitoramento. Mas na prática, os trabalhadores denunciam o oposto: demissões de porteiros, postos desativados e falhas de resposta nos sistemas de vigilância remota.
🛑 O sindicato também encaminhou representação ao Ministério Público, destacando os riscos à integridade dos trabalhadores, ao meio ambiente e à população abastecida pelas estações. O documento foi redirecionado ao Ministério Público do Trabalho, por tratar-se de tema que envolve condições laborais.
Em todas as manifestações públicas, o SINTIUS reafirma que suas denúncias se baseiam em fatos concretos, relatados diretamente por trabalhadores em campo, e são apresentadas por vias institucionais e legais. O sindicato busca, por meio do diálogo, soluções conjuntas e urgentes, antes que as consequências sejam ainda mais graves.
🔴 Até quando a segurança das estações será negligenciada?
O SINTIUS segue à disposição para o diálogo e reafirma seu compromisso com a defesa da vida, da saúde mental dos trabalhadores e da segurança dos serviços essenciais prestados à população.