Na madrugada desta quarta-feira, 5 de junho, a Estação de Tratamento de Água de Bertioga (ETA Bertioga), operada pela SABESP, foi invadida por criminosos que roubaram as baterias do caminhão Server Jet — equipamento essencial para a manutenção da rede de esgoto. O crime escancarou o que o SINTIUS já havia alertado publicamente: a política de segurança da empresa coloca em risco não apenas o patrimônio público, mas também a vida dos trabalhadores e a segurança da população.
A estação contava com vigilância desarmada, decisão adotada pela empresa em 1º de maio deste ano — pouco mais de um mês antes da invasão. À época, o SINTIUS se manifestou veementemente contra a medida, classificando-a como “uma tragédia anunciada”, alertando que retirar o armamento dos vigilantes em áreas críticas era uma temeridade e deixava as unidades vulneráveis a ações criminosas.
Infelizmente, o tempo provou que o alerta era mais do que legítimo — era urgente.
“O que aconteceu na ETA Bertioga mostra o quanto a empresa ignorou os riscos reais do cotidiano de nossas unidades operacionais. Trabalhadores que fazem ronda noturna podem, a qualquer momento, dar de cara com criminosos. Isso é inaceitável”, denunciou a diretoria do SINTIUS.
Além da ameaça direta aos funcionários, há ainda o risco de que esses acessos criminosos comprometam o abastecimento de água da cidade ou sirvam de rota para invasões a imóveis próximos, ampliando ainda mais a insegurança na região.
O sindicato cobra da SABESP medidas imediatas e eficazes para garantir a segurança das unidades e dos seus trabalhadores.