DE OLHO NO FUTURO DA SABESP NÃO À PRIVATIZAÇÃO
A área do Saneamento e o futuro da Sabesp são questões essenciais para a população paulista. Afinal, estamos falando da maior empresa desse setor na América e que atende 31 milhões de pessoas espalhadas por 375 municípios, inclusive os da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.
Por ser uma companhia pública lucrativa e com capital acionário majoritário do Estado, a Sabesp é alvo da cobiça do setor privado. Eventuais mudanças na gestão dela podem resultar em prejuízos aos consumidores e ser muito prejudicial aos trabalhadores, que são essenciais para os resultados alcançados e projetados para as cidades atendidas pela empresa.
Diante disso, os cidadãos e, em especial, os urbanitários precisam avaliar bem as propostas e a clareza das ideias defendidas em relação ao saneamento pelos candidatos a governador neste segundo turno, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), antes de decidirem o voto no dia 30 de outubro.
Ex-ministro da Infraestrutura do Governo Bolsonaro, Tarcísio é um entusiasta da privatização de serviços públicos. Durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), o candidato do Republicanos foi o secretário de coordenação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que tinha o objetivo de viabilizar a concessão e a privatização de obras e serviços no Governo Federal.
Ao ser perguntado se privatizaria a Sabesp, caso seja eleito, Tarcísio não defende categoricamente essa ideia e diz que é preciso analisar os dados, mas não traz dados convincentes. Além disso, a trajetória e o histórico dele já dizem muito a seu respeito.
Em relação a Haddad, o candidato do PT já reafirmou inúmeras vezes em debates e em entrevistas que pretende manter a Sabesp sob controle acionário do Estado e fortalecer a empresa, caso seja eleito para o Palácio dos Bandeirantes.
A Diretoria do Sintius tem alertado que, ao longo das últimas duas décadas, centenas de serviços públicos essenciais em todo o mundo, como o saneamento, estão sendo reestatizados, devido ao aumento exorbitante das tarifas, queda na qualidade do serviço ofertado aos cidadãos e precarização dos trabalhadores.
Por esse motivo, os urbanitários e a população paulista têm dois projetos bastante distintos em relação ao saneamento e à Sabesp. É preciso analisar com cautela a melhor opção e os possíveis impactos dessa decisão para a população paulista.