O Sindicato dos Urbanitários (Sintius) participou, na manhã da última terça-feira, dia 30, da reunião mensal de saúde e segurança realizada pela CPFL Piratininga com as entidades representativas dos trabalhadores. O encontro foi realizado de forma online e teve como principal ponto de debate o projeto Coseg, que trata da instalação de câmeras de monitoramento nas unidades de trabalho.
A Diretoria do Sindicato alertou que a medida vem causando preocupação entre os companheiros da Baixada Santista, que passaram a executar suas tarefas de maneira mais cautelosa, com receio de que eventuais falhas registradas pelas gravações possam ser utilizadas para punições futuras.
Por exemplo: atividades que antes eram concluídas em cerca de 40 minutos estão levando até duas horas para serem finalizadas. O Sintius destacou que essa queda de produtividade pode afetar diretamente os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção), que compõem o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), reduzindo o valor a ser recebido pelos trabalhadores.
O Sindicato também pontuou que, além da inibição causada pelo monitoramento, o uso das câmeras adicionou novas etapas às tarefas diárias, como a necessidade de posicionar e reposicionar o equipamento em diferentes pontos da atividade, o que naturalmente aumenta o tempo de execução dos serviços.
Os representantes da CPFL, por sua vez, afirmaram que as imagens não são utilizadas para avaliar tempo de execução, mas apenas para verificar possíveis falhas de segurança, negando que haja interferência na cobrança por produtividade.
Ainda assim, o Sintius insistiu que a situação seja revista pelo setor de engenharia da empresa, de forma a ajustar os prazos previstos para a realização dos serviços, levando em conta as novas condições de trabalho.
CPFL: Sintius questiona impacto de câmeras na execução de serviços durante reunião de saúde e segurança

01
out
2025