Falhas, tarifas altas e multas: o retrato da privatização da água no Rio de Janeiro

A pesquisadora Suyá Quintslr, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, afirmou em entrevista ao portal Brasil de Fato que o atual caos no abastecimento de água no Rio de Janeiro não é uma “crise hídrica” no sentido tradicional, mas sim uma consequência da má gestão das empresas privadas que assumiram os serviços após a privatização da Cedae, em 2021.
Segundo ela, os problemas se intensificaram desde então, com falhas frequentes no fornecimento de água, aumento de tarifas, cobrança de multas abusivas e um sistema de concessões que dificulta até mesmo saber a quem reclamar. A população mais vulnerável tem recorrido a poços de qualidade duvidosa ou até furtado água para sobreviver.
Quintslr alerta que a possível abertura de capital da parte da Cedae que ainda é pública pode agravar a insegurança hídrica no estado, ao entregar um serviço essencial a grupos privados interessados apenas em retorno financeiro.
Ela defende que o serviço seja prestado por empresas públicas ou consórcios municipais, citando exemplos internacionais de reestatização bem-sucedida, como em Paris, Montevidéu e Buenos Aires.
Leia a entrevista completa no link abaixo:
https://www.brasildefato.com.br/2025/07/28/caos-no-abastecimento-de-agua-no-rio-de-janeiro-e-resultado-das-concessoes-de-saneamento-avalia-pesquisadora/