Os trabalhadores da Sabesp da Baixada Santista e do Vale do Ribeira decidiram deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir da zero hora da do dia 20 de junho, terça-feira. A decisão foi tomada pela categoria na noite de terça-feira, dia 13, em assembleias realizadas na sede do Sindicato dos Urbanitários (Sintius), em Santos, assim como em Itanhaém e em Registro.

Os trabalhadores avaliaram nas assembleias o resultado da segunda audiência de conciliação que ocorreu no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo, na mesma data (13), quando a empresa propôs apenas reajuste de 3,71% para os salários e benefícios. Entretanto, a Diretoria do Sintius rejeitou a proposta por considerar insuficiente e distante das reivindicações da categoria, além de sugerir a inclusão de equiparação dos benefícios da Sabesp com aqueles praticados pelo Metrô.

O desembargador vice-presidente Judicial, Carlos Roberto Husek, que intermediou a negociação, celebrou um acordo parcial, em que a direção da Sabesp se comprometeu a avaliar e trazer uma proposta para atender à reivindicação do Sindicato em relação aos valores do vale-refeição, da cesta-básica e da gratificação de férias e apresentá-la na próxima audiência no TRT-SP, que acontecerá no dia 19, segunda-feira, às 11 horas.

O Sindicato pleiteia aos cerca de 1.200 funcionários de ambas regiões um reajuste salarial de 8,26%, sendo 3,26% referentes à reposição da inflação dos últimos 12 meses e 5% de aumento real. Conforme o presidente do Sintius, Carlos Alberto de Oliveira Cardoso, o Platini, a empresa não apresentou um índice de recomposição salarial adequado e a categoria não teve outra alternativa além de se preparar para  cruzar os braços diante da falta de bom senso da empresa, que desrespeita um pleito legítimo dos sabespianos, que são o maior patrimônio da companhia.

“Os trabalhadores estão conscientes que estamos em plena crise econômica, mas a situação financeira da empresa mostra que ela está em outro patamar. No ano passado, o lucro líquido dela foi de R$ 2,947 bilhões contra R$ 536,3 milhões, em 2015. A categoria precisa ser valorizada”, destacou.

A categoria volta a se reunir em assembleia no dia 19, às 18 horas, para ratificar a greve do dia 20.

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