TRABALHADORES DA CETESB ESTÃO EM GREVE E EMPRESA PRESSIONA A CATEGORIA

Os trabalhadores da Cetesb entraram em greve no dia 22 de junho, tendo anunciado e comunicado a empresa, conforme assembleia realizada no dia 15, ou seja, com bastante antecedência. Por sua vez a Cetesb ao invés de buscar uma mesa de conciliação no TRT-SP, tentou junto ao Judiciário uma decisão de greve abusiva e ilegal. Mas o Tribunal não entendeu dessa maneira e assegurou o direito de greve, desde que respeitado o contingente de 70%.

Por isso, o Sintius, desde o início da greve, montou uma escala de trabalho conforme determinação judicial, privilegiando os serviços inadiáveis para que o movimento não cause nenhum tipo de transtorno à sociedade. Entretanto, a direção da Cetesb pressiona os trabalhadores individualmente para que declarem se aderiram ou não à paralisação, mesmo sabendo que a deliberação pela greve aconteceu por ampla maioria da categoria.

De acordo com a Lei de Greve, em seu parágrafo segundo “é vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”. Portanto, a direção da Cetesb não pode ficar constrangendo por email e whatsapp, ou qualquer outro meio, seus trabalhadores, contrariando a própria Lei.

A greve segue por tempo indeterminado, e desde ontem agregou às motivações da paralisação a reivindicação contra o assédio moral, que ocorre na empresa mesmo antes do movimento. A Diretoria do Sintius já atua em casos desse tipo, tentando fazer a direção entender que assédio moral é ameaça e causa prejuízos ao trabalhador, consequentemente à empresa e à sociedade.