Os trabalhadores da Cetesb estiveram reunidos em assembleia virtual ontem e decidiram manter o estado de greve com indicativo de paralisação a partir do dia 15. Nesse momento o que a categoria exige é o cumprimento das sentenças judiciais dos dissídios de 2020 e 2021, afinal os trabalhadores tiveram o último reajuste dos salários em 2019 e a Justiça já determinou que as correções salariais dos anos seguintes sejam aplicadas.

Embora a direção da Cetesb tenha se empenhado mais nos últimos dias a obter autorização do governo do estado de São Paulo para cumprir a decisão judicial favorável aos trabalhadores, a categoria não obteve até o momento da assembleia uma manifestação positiva da empresa. E os trabalhadores voltarão a se reunir no dia 14 para ratificar ou não o movimento, aguardando o tempo suficiente para que a situação seja resolvida pela Cetesb e o governo.

A demora em cumprir a sentença judicial é inaceitável, pois o julgamento do dissídio de 2020 ocorreu em 22 de setembro e o do dissídio de 2021 em 17 de novembro, sendo que o de 2020 determinou a aplicação da inflação medida naquele período, ou seja, 2,6% e o de 2021 decidiu pela recomposição dos salários e benefícios em 7,81%, totalizando 10,61% de correções.

A Cetesb tem histórico de desprezo pela recomposição dos salários e benefícios, pois sequer propõe a reposição da inflação em épocas de negociação salarial, justificando que é dependente financeiramente do governo do estado de São Paulo. Quando ele não autoriza os reajustes, a categoria é quem tem que sucumbir com a redução do poder de compra. Vamos continuar resistindo e provando que a ordem das coisas não deve ser assim. Sindicalize-se!