Surtiu efeito a mobilização realizada na manhã da última terça-feira, dia 30, pelo Sindicato dos Urbanitários (Sintius) em frente à sede da Bureau Veritas, em Santos, para pressioná-la a abrir um diálogo sobre a representação dos trabalhadores da companhia que atuam no setor de energia.

Após os representantes dessa terceirizada da CPFL Piratininga terem agendado uma reunião, em nossa sede, com a Diretoria do Sindicato somente na próxima semana, eles optaram em antecipar o encontro por entenderem a urgência de discutir as reivindicações apresentadas pelo Sintius.

Ficou acordado que, na próxima segunda-feira, dia 5, o Sintius encaminhará a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para a Bureau Veritas, após a aprovação do documento pelos trabalhadores em assembleia a ser realizada na manhã do mesmo dia. O primeiro encontro entre o Sindicato e a empresa para discutir as propostas está marcado para o próximo dia 13.

Desde julho do ano passado, o Sindicato vem buscando um diálogo com a terceirizada para que os trabalhadores sejam representados pelo Sintius e para que eles estejam amparados pelo ACT. A mesa-redonda na Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Santos (GRTE-Santos) realizada no ano passado para discutir a questão terminou sem acordo.

Na reunião desta quarta-feira, os representantes da companhia admitiram que tinham algumas dificuldades no que diz respeito às relações trabalhistas, devido à falta de um setor de Recursos Humanos (RH) estruturado. Porém, a empresa, que tem sede na França e passou a ter uma atuação mais abrangente no País, mudou essa política a partir do segundo semestre deste ano.

A Diretoria do Sintius reiterou que o entendimento inicial da Bureau Veritas ao não reconhecer o Sintius como representante dos trabalhadores é equivocado. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem o entendimento que, no caso de concessionárias de serviços público, deve-se observar a atividade preponderante da empresa tomadora de serviços, que, neste caso, é a CPFL Piratininga.