O Sindicato dos Urbanitários (Sintius) se somou à luta das entidades da sociedade civil contra a instalação da usina de incineração de resíduos sólidos urbanos que deverá ser instalada na Área Continental de Santos. A nossa entidade foi uma das participantes da audiência pública promovida pela Câmara de Santos, na noite da última segunda-feira, 26, para discutir esse projeto.

Esse empreendimento representará um retrocesso do ponto de vista ambiental para a Baixada Santista, porque provocará a desestruturação das políticas de desenvolvimento sustentável e desestimulará todos os esforços para a reciclagem.

Os especialistas apontam que a usina vai contra os princípios e diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Afinal, existem opções disponíveis que trazem menos riscos ambientais, como a digestão anaeróbica, que é processo biológico através do qual a matéria orgânica é convertida em metano. Nesse caso, há a queima do gás e não do lixo.

Além disso, a usina de incineração também causará efeitos nocivos à saúde da população, devido à emissão de dioxinas e furanos, materiais que provocam doenças respiratórias e que podem aumentar a incidência de câncer e doenças genéticas.

Outro ponto de atenção é que essa planta industrial ficará a 1.200 metros da Cava da Pedreira, em Guarujá, onde a Sabesp pretende instalar um reservatório de água, e existe a possibilidade de ocorrer vazamento de chorume e óleo diesel, que podem alterar a qualidade das águas subterrâneas e a contaminação do córrego Santa Cruz, afluente do Rio Jurubatuba.