MOVIMENTO SINDICAL DA BAIXADA SANTISTA FARÁ GRANDE MOBILIZAÇÃO EM SANTOS NESTA SEGUNDA-FEIRA (28) EM DEFESA DA ECONOMIA E DO EMPREGO

O movimento sindical da Baixada Santista iniciará uma grande mobilização na próxima segunda-feira (dia 28) para apresentar à população propostas concretas, na ótica dos trabalhadores, a fim de superar a forte crise econômica que vem afetando as famílias de todo o País.

O evento tem o nome de “Movimento em Defesa da Economia e do Emprego na Preservação da Sociedade” e ocorrerá na Praça Mauá, em Santos, a partir das 9 horas. A iniciativa é fruto de uma ação articulada pelo Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (CSR), que reúne cerca de 100 entidades de trabalhadores e representantes locais das centrais sindicais.

Na avaliação do coordenador do Grupo de Trabalho do CSR, Carlos Alberto de Oliveira Cardoso, o Platini, essa mobilização é necessária para que os cidadãos possam reagir à crise econômica que afeta o Brasil. A gravidade da situação fica evidente ao observar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2014, a Baixada Santista fechou 4.598 postos de trabalho formais. Em 2015, foram 15.704 vagas a menos, ou seja, um número mais de três vezes maior do que o ano anterior.

“A maioria dos trabalhadores está sendo sacrificada em nome de uma minoria privilegiada. Não aceitaremos pagar essa conta mais uma vez. Os efeitos perversos da atual situação é sentido no dia a dia das famílias. Não podemos aceitar calados a ameaça de retirada de direitos trabalhistas e de cortes salariais, bem como o aumento do desemprego”, destacou Platini, que preside o Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius).

Reivindicações

Segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, Fábio José Rodrigues de Mello, a população receberá durante o evento um panfleto com uma pauta de dez reivindicações para o País voltar a crescer e a gerar mais empregos. A garantia dos direitos trabalhistas, a queda do Fator Previdenciário, o fim da terceirização e a redução da jornada de trabalho para 40 horas – sem redução de salários – são alguns dos pleitos.

“Esse é o início de um trabalho de unidade sindical da Baixada Santista. Pretendemos com esses atos conscientizar a população sobre a necessidade de ela estar mobilizada contra as injustiças e lutar para ter uma vida digna. Os trabalhadores precisam ser ouvidos porque temos propostas concretas para superar a crise”, frisou Mello.

Na questão econômica, o movimento sindical cobra a redução das altas taxas de juros – que imobilizam os investimentos produtivos no País –, a taxação das grandes fortunas e mais investimentos em áreas vitais para a população, como saúde, educação, habitação e mobilidade urbana.

Os trabalhadores pedem ainda o cancelamento da Lei Antiterrorismo, que criminaliza as lutas dos movimentos sindicais e sociais, e fazem a defesa para que a riqueza oriunda da exploração do pré-sal não fique nas mãos das empresas estrangeiras.