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CENTRAIS E SINDICATOS SE MOBILIZAM PARA A GREVE GERAL DO DIA 28 DE ABRIL

O Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (CSR) promoveu na manhã desta quarta-feira, dia 5, a segunda plenária com o objetivo de informar a população sobre o pacote de maldades do Governo Temer, como as mudanças nas leis trabalhistas e regras previdenciárias, assim como construir a mobilização na Baixada Santista para a greve geral do dia 28 de abril.

A primeira reunião para tratar do tema ocorreu no último dia 29, no Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Já o encontro desta quarta-feira foi realizado na sede do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), em Santos.

Esse evento preparatório para a grande mobilização popular do dia 28 de abril contou com participação de representantes de sete centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Intersindical, Nova Central e CGTB), além de integrantes de 30 sindicatos da Baixada Santista, movimento cultural e partidos políticos.

Realizar uma pressão sobre os senadores e deputados federais, em especial os da região – Beto Mansur (PRB), João Paulo Papa (PSDB) e Marcelo Squassoni (PRB) – para saber como irão votar nas reformas impostas pelo Governo Federal, distribuir material informativo único às categorias e à população e iniciar uma campanha de divulgação intensa nas redes sociais para a preparação da greve geral foram algumas das deliberações do encontro.

Para definir mais detalhes e afinar a tática de mobilização, uma reunião será realizada no próximo dia 11, às 10 horas, com representantes das centrais sindicais e da Frente Sindical Classista. No dia seguinte, no mesmo horário, haverá uma nova plenária, de caráter mais amplo, para que os demais sindicatos e entidades participem dessa construção. Ambas atividades acontecem no Sindipetro-LP (Avenida Conselheiro Nébias, 248, Vila Mathias).

Construção coletiva

O presidente do Sindicato dos Urbanitários de Santos e Região (Sintius) e coordenador do grupo de trabalho do CSR, Carlos Alberto de Oliveira Cardoso, o Platini, destacou que o chamado golpe não foi dado contra a presidente Dilma Rousseff (PT), mas contra a maioria do povo brasileiro. “Estamos diante de uma série de reformas que irá prejudicar os trabalhadores e suas famílias. A população precisa reagir”, destacou.

Anfitrião do evento desta quarta-feira, o coordenador-geral do SIndipetro-LP, Adaedson Costa, agradeceu a presença de todos e enalteceu o chamamento de todos para a construção dessa unidade. Ricardo Saraiva, o Big, em nome da Intersindical, ressaltou que a plenária do Conselho Sindical deixou claro que as vaidades e as disputas foram deixadas de lado na hora das dificuldades. “Não podemos aceitar que um governo com menos de 10% de popularidade, com aval do Congresso Nacional, faça essas reformas neoliberais a pedido de empresários e banqueiros para que os trabalhadores paguem essa conta sozinhos”, desabafou.

O representante da CUT na plenária, Hamilton Correia, afirmou a necessidade de a população tomar consciência do pacote de maldades do Governo Temer antes que seja tarde demais.  Falando pela CGTB, Eraldo Magalhães citou que a hora de se mobilizar é agora para evitar o desmonte das conquistas sociais obtidas pelos trabalhadores nas últimas décadas. “Não vamos aceitar nenhum direito a menos”, afirmou.

O integrante da UGT no evento, Adilson Lima, reforçou a importância de os dirigentes realizarem esse trabalho de base. Nessa mesma linha, Uriel Villas Boas, da CTB, reforçou que os trabalhadores e suas famílias precisam se envolver nessas discussões. “Precisamos deixar claro que essa greve geral não é baderna, mas um movimento em defesa dos direitos da população. Esse é o nosso desafio”, ressaltou.

O coordenador da Força Sindical na Baixada Santista, Herbert Passos, entende que esse exemplo dado pelos sindicalistas da região é fundamental para evitar retrocessos diante das ações tomadas para intimidar a classe trabalhadora. O vereador de Santos Francisco Nogueira (PT) reforçou esse discurso. “Estamos vendo uma série de propostas para favorecer o setor patronal e atacar os trabalhadores. Querem a todo custo acabar com os sindicatos”, disse.

Greve geral do dia 28 - Centrais e sindicatos discutem a proposta